Despedidas e recomeços

Desde que mudei para a Europa, percebi a escolha difícil: viver com saudades! Quando estou aqui, sinto falta de todo mundo no Brasil, família, comida, clima e afins. Quando estou no Brasil, tenho saudades daqui.

Agora a Gi e a Laine, duas limeirenses que praticamente considero minhas irmãs, decidiram voltar para o país tropical após anos em solo germânico. Além de tudo, fomos vizinhas os últimos três anos aqui em Berlim. Claro que foi uma choradeira a despedida das duas na terça-feira, 29 de agosto.

Nos resta torcer para que elas tenham tomado a decisão certa e para não perdermos o contato. Boa sorte meninas (e parabéns pra Maria, a irlandesa que comemorou seu niver no mesmo dia da despedida das meninas. Não deixa de ser também um novo começo, uma nova idade...)

Honestidade alemã: jornal e carteira "retornam" ao dono

Dois fatos curiosos desta semana comprovaram como algumas coisas são diferentes por aqui. Primeiro na terça-feira, percebi que meu jornal (assino o "Berliner Zeitung") não estava, como sempre, na minha porta. Pensei na hora: "alguém pegou meu jornal".
Claro que fiquei chateada mas pode acontecer, afinal, o entregador deixa ele no vão para colocar minha correspondência e qualquer um só precisaria puxar para levar o diário embora.

Neste dia, aniversário da minha irmã (que em breve estará postado aqui), fomos jantar com um grupo de amigos. Ao voltar pra casa, já passado da meia-noite da quarta-feira, eis que percebo, na escada da parte da frente do meu prédio, um jornal largado. Sim, era o meu, o nome "Gomes" estava escrito nele e ninguém, durante quase 24 horas, ousou levar o que não lhe pertence! Suponho que o entregador era novo e ainda não sabia exatamente qual era meu apê. Agora ele aprendeu.

Daí, na quinta-feira, percebo metade de um envelope no mesmo local onde chega diariamente o jornal. Tentei puxar mas algo grande impedia e tive de abrir a porta para pegar o volume. Que surpresa ao ver minha carteira, perdida (ou roubada) no fim de julho, com TODOS os documentos: passaporte italiano, registro na polícia alemã, cartão do seguro de saúde, do Banco, bilhete do metrô, até um "vale vista panorama" para a Potsdamer Platz que ganhei em dezembro.
Além do dinheiro (cerca de 40 euros), não voltaram as fotos 3x4 que tinha de toda minha família. De valor inestimável, não entendi porque alguém quis ficar com elas. Mas reconheci a eficiência dos serviços na Alemanha (quem devolveu a carteira foi o correio) e fiquei aliviadíssima de saber que não vou precisar providenciar todos os documentos de novo.

Se já admirava o fato das lojas poderem expôr seus produtos nas calçadas e ninguém roubar nada, nesta semana tive mais duas provas da honestidade alemã.
E mais, se os boletins de ocorrência aumentam em todo o mundo, e aqui também, é interessante observar que, na grande maioria, são estrangeiros cometendo crimes por aqui.
Uma pena para os alemães que foram educados para respeitar o próximo e viver em harmonia.

Aniversário da minha irmã Vera

Foi muita risada e bem divertido o aniversário de 18 anos (!) da Vera, minha irmã.












O povo "sacaneou" até, com direito a
vela especial para o bolo e presentes engraçados.
E o tigre, uma esponja para banho, virou super "companheiro" da galera...

Entrevista exclusiva com craque do Hertha BSC Berlim e da Seleção brasileira Gilberto da Silva Melo

Tem de estar motivado por estar vestindo a camisa da Seleção brasileira."
„Das brasilianische Trikot tragen zu dürfen ist die größte Motivation"

Por SANDRA MEZZALIRA GOMES

No dia em que o campeonato alemão, a Bundesliga, teve início, 11 de agosto, o carioca Gilberto da Silva Melo, meia do Hertha BSC, se preparava para enfrentar o Wolfsburg no domingo, dia 13.
Ele arrumou um tempo na agenda para conversar com a reportagem sobre suas expectativas no Hertha, sua experiência com a Seleção brasileira na Copa e seus desejos para o amistoso da equipe, contra a Noruega na quarta-feira, em Oslo, partida na qual Gilberto não só foi convocado pelo novo técnico Dunga, como deverá entrar como titular.
Na coluna de hoje e de amanhã, o leitor confere o resultado da exclusiva, feita em um restaurante brasileiro no bairro de Kreuzberg, em Berlim.

Você fez agora três jogos pelo Hertha desde que voltou de férias, depois de jogar pela seleção. Como é, após tamanha emoção, voltar a rotina?

A sensação é de estar recomeçando trabalho de novo. A Copa do Mundo acabou praticamente há dois meses e pra mim é o retorno, a volta ao meu trabalho, a casa. E eu tenho certeza que este ano as coisas ainda vão ser melhores do que no ano passado.

Você acha que amadureceu após a participação no Mundial, entra com mais experiência e confiança em campo?

Exatamente. Tudo que passou na Copa pra mim foi importante, o amadurecimento, o respeito cresceu também e agora é tentar manter isso com bons jogos e boas atuações para poder ajudar o time a estar vencendo, a estar sempre na frente.

Você acabou de falar para a Rádio Bandeirantes (fizeram uma entrevista por telefone e colocaram Gilberto ao vivo no ar) que seria muito importante chegar pelo menos ao quarto ou quinto lugar na tabela, para garantir a UEFA Cup. Com o terceiro lugar, vocês garantem a Champions Ligue e perfeito seria, se Hertha vencesse o campeonato. Você também disse que o Bayer de Munique é o favorito...

Bayer de Munique, Hamburgo e Weder Bremen são as três equipes que vão estar brigando pelo primeiro lugar. Nossa equipe, lógico, vai brigar para ser campeã, é uma situação mais difícil, mas não impossível. Que a gente lute pelo quarto, quinto lugar para Copa UEFA, é importante para a torcida, para o clube. É bom estar concentrado nisso pra que a gente consiga pelo menos esta competição internacional.

Vocês estão jogando duas competições paralelas?

São dois campeonatos. Estamos disputando a Uefa quali justamente porque chegamos em sexto no ano passado. Disputamos uma classificação, passamos e agora estamos disputando outra pré-classificação para entrar no grupo da Copa da Uefa.
Mas a Uefa do ano que vem a gente precisa jogar Bundesliga (campeonato alemão) primeiro pra poder saber se vai ter condições de disputar ou não.

E ainda, a Seleção. Como fazer para conciliar tudo?

O desgaste é maior. Se comparar que a seleção brasileira não joga só na Alemanha mas em vários países, a gente precisa viajar, concentrar e isso e desgastante. Mas por se tratar de Brasil, de seleção brasileira, de saber que se esta representando um monte de gente, é válido e importante para o atleta. Então, eu pelo menos, toda vez que sou chamado, fico muito feliz e muito motivado pra poder representar o país da melhor forma possivel. E é o que eu vou tentar fazer.

Vocês vão jogar em Oslo, dia 16 de agosto, com uma equipe e técnico diferentes, novos jogadores, novas estratégias. É uma nova experiência para você, após dois meses da Copa, ir com um novo time para o campo?

Acho que sim, é motivante conhecer o trabalho do novo treinador, saber qual é a filosofia de trabalho dele com a seleção. Então vou procurar pelo menos conhecer o Dunga, saber como é o metodo dele, isso é importante pra qualquer atleta. E como já disse, independente de treinador, independente de tática, do jogo, se é amistoso ou Copa, você está representado o país e tem de estar motivado por estar vestindo a camisa da seleção brasileira.

Você já disse uma vez que o Brasil é o único país que tem tantos jogadores bons a ponto de formar duas ou três seleções, que é difícil segurar o lugar na seleção já que a concorrência é enorme. Como foi pra você, após a sua excelente atuação durante a Copa, quando você sou aproveitar sua chance no campo, ser novamente nomeado e, provavelmente, entrar como titular. Como você se sente por esta "recompensa"?

Eu fico feliz, antes podiam dizer que eu era amigo do Parreira. Agora é outro treinador e não podem dizer que Dunga tambem é meu amigo, então, fico feliz pelo reconhecimento do novo treinador com meu trabalho. Isso me deixa motivado e alegre pra fazer meu melhor. Vou procurar trabalhar bem e estar bem preparado para poder representar bem a seleção.

Em 2010 você vai estar com 34 anos. Sabemos, no entanto, que alguns jogadores continuam carreira até com mais idade e participam da Copa. Existe a possibilidade de você estar jogando seu segundo mundial na África do Sul?

Eu espero, é meu sonho, minha vontade e meu objetivo disputar a Copa de 2010 na África do Sul mas até lá tem muita coisa pra acontecer. Espero poder realmente estar bem fisicamente, poder fazer o meu melhor pra poder disputar o mundial. Mas se não tiver fisicamente, tem de dar oportunidade para outros jogadores poderem representar o Brasil da melhor maneira possível, a gente precisa disso. Espero poder jogar mas, se não der, paciência.

Até onde o Hertha pode chegar sem o Kovac e Marcelinho. Você sente falta dele?

Marcelo foi um grande ídolo do clube durante anos, Kovac também saiu, eram jogadores importantes mas agora temos novos valores chegando, com nível técnico muito bom também. São meninos, com 19, 20 anos, que só vão ganhar experiência jogando, atuando no time principal. Esta oportunidade que o treinador esta dando pra eles é importante e a gente vai tentar, mesmo com a ausência destes jogadores Marcelo e Kovac, fazer bonito na Bundesliga. Isso só depende da gente, não depende de mais ninguém. Então é acreditar no trabalho, acreditar que a gente tem chance de poder fazer e, a cada jogo, ir em busca disso, de ganhar, das vitórias para conseguir os resultados positivos.

O que se percebe agora nos treinos sem o Marcelinho, vocês estão em harmonia ou há certa tensão no ar porque os dois craques saíram do Hertha? Você acha que a equipe vai se "redescobrir"?

É início de trabalho, difícil fazer comentário ou dar uma resposta. A realidade é que só vamos saber mais pra frente se estes jogadores vão fazer falta realmente ou não, a gente tem que continuar jogando, tem que continuar trabalhando, estes jogadores já não fazem mais parte da equipe e temos que pensar nos jogadores que estão aqui, encontrar a melhor forma de jogar sem eles pra que a gente consiga obter as vitórias, os resultados positivos.

Seria legal para você ter de novo um brasileiro no Hertha?

Eu gostaria, sempre bom ter contato e jogar com atletas do mesmo país, falando nossa própria língua. Importante pelo lado "extra campo" mas também pelo fato de ter um atleta de qualidade e jogador brasileiro tem qualidade. A gente precisa disso também.

No caso do Marcelinho, você conhece do time para onde ele foi?O que você pensa a respeito, acha que ele está satisfeito lá?

Eu não conheço o time. Particularmente, não foi legal a saída do Marcelo, ele é brasileiro e um excelente jogador mas já não cabe a mim ficar falando. Se a diretoria vendeu é porque tinha motivos, Marcelinho deu declarações que queria sair, talvez tivesse os motivos dele pra sair. Então, pra mim fica dificil analisar. O que eu penso é que perdemos, lógico, um grande jogador.

Você jogaria na Turquia? Tem um país onde você não jogaria?

Acho que não, a não ser em países com problemas de guerra, mas acho que jogaria em qualquer lugar.

Você vai ficar no Hertha. O que faria você deixar o time?

Única coisa que me tiraria daqui é a familia, acho que largaria tudo pela minha familia caso tivesse esta necessidade, independente do quê. Mas penso em cumprir meu contrato, em ficar até 2010 aqui na Alemanha, principalmente em Berlim, acho uma cidade maravilhosa, o clube é legal também, culturamente pra mim seria importantíssimo continuar. Não depende de mim, depende do clube, do presidente, são vários fatores que podem impedir de continuar mas meu pensamento é poder continuar numa grande cidade, num grande país.
A cada ano que passa aprendo mais coisas, consigo compreender melhor, não é tão fácil assim mas estou buscando meu espaço, meu conhecimento.
As pessoas conseguem me compreender melhor, saber melhor o que eu penso. Na realidade, quando a gente tem a dificuldade do idioma as pessoas tentam mas não conseguem nos compreender profundamente. Hoje eu me faço entender melhor, eles sabem o que realmente pensa o Gilberto, pra mim isso tem sido muito importante.

Dá para comparar a Bundesliga, o torneio alemão, com o Campeonato Brasileiro?

Sim, eu já joguei no Brasil muito tempo e se vê que os campeonatos europeus, de modo geral, em termos de organização, dão um banho no campeonato brasileiro. Isso é ruim pra gente, que é brasileiro. Sabemos o quanto gostaríamos que o torneio fosse tão organizado quanto os dos europeus.
Mas eu estou trabalhando justamente em função disso também, procuramos aprender bastante aqui para, quando voltar, introduzir isto no campeonato brasileiro, nos clubes, pra eles terem principalmente um retorno finaceiro maior, é por aí o caminho. Estou tentando aprender com os alemãoes, com o povo europeu, pra levar isso pro Brasil.

Você tem televisão brasileira em casa. Dá para acompanhar os jogos dos campeonatos no Brasil?

Alguns jogos dá, não todos até porque os horários são meio ruins. Mas algumas partidas assisto sim.

Eu sei que você provavelmente já respondeu a esta pergunta milhares de vezes, mas o que aconteceu para o favorito ter de voltar tão cedo pra casa? Por que a seleção jogou daquele jeito? O que ficou para você desta experiência?

Difícil, são vários motivos, poderia enumerar um monte mas, na realidade, prefiro ter a consciência de que a Seleção não rendeu aquilo que poderia e por isso ficou fora. Os favoritos não jogaram bem, também acontece, é normal, nem sempre os favoritos conseguem vencer. Ma mas a selecao nao atuou da melhor maneira possivel e por isso acabou ficando fora da Copa do Mundo.]

Você foi um dos únicos que, no aeroporto do Rio de Janeiro, no retorno da Seleção, saiu pelas portas da frente. Muitos tentaram se esconder ou saíram „pelos fundos". Os torcedores estavam xingando mas, você, aplaudiram. Como foi sua reação, você sabia que eles estavam bravos, estava preparado para qualquer atitude da torcida naquele momento?

Tinha muito burburinho quando cheguei no Rio, estavam falando para não saírmos porque tinha muito torcedor e estavam xingando demais. Na mesma hora, disse: não, tem de sair pela porta da frente porque acho que os torcedores estão querendo isso mesmo, que possam extravazar toda tristeza que tiveram por causa da derrota contra a França.
Naquele momento pensei nisso, pensei „acho que tenho de ouví-los também". Quando saí do Rio, fizeram um corredor, o povo brasileiro incentivando para que conseguissemos trazer a taça. Da mesma forma que fui, tinha de voltar, ou seja, tinha passar no meio da torcida e ouvir o que o tinham pra dizer.
Como experiência, foi válida. Você acaba ouvindo coisas que nem espera e ouvi bastante incentivo, as pessoas me aplaudiram pelo que tentei fazer de bom pela seleção brasileira e eu fiquei muito contente com a receptividade que eu tive no aeroporto assiim que eu cheguei no Rio de Janeiro.

E nos dias em que você esteve lá, foi reconhecido nas ruas, recebeu carinho, críticas, como foi a reação dos torcedores no Rio?

Tive de responder muitas perguntas, é normal, porque perdemos e tal. Mas, de modo geral, foi importante, sou do Rio, é minha cidade natal, foi legal sair na rua, ser reconhecido. Mas não foi a maneira que gostaria de voltar, queria voltar como campeão do mundo. Não deu agora e vamos tentar buscar em 2010 na África do Sul.

E a mídia brasileira, foi justa com a Seleção?

É normal, quando a Seleção perde, procurar culpados, procurar explicações. Foi válido não só pela crítica da mídia, como dos torcedores. Tem de saber lidar com a derrota, também se tira lições e se aprende bastante coisa.

Mas o que faltou mesmo para a Seleção?

O Parreira deu uma declaração de que ele não conseguiu fazer a Seleção se tornar uma equipe. A a equipe não conseguiu render, jogar e não conseguiu encontrar o melhor futebol brasileiro.

Todo mundo disse que eram um monte de estrelas mas não conseguiram formar uma constelação...

Exatamente.

O que você espera do Dunga como técnico?

A história do Dunga como jogador eu conheço, foi um grande jogador, capitão da Seleção brasileira e agora como treinador, está tendo esta oportunidade. Espero que ele consiga êxito como treinador, é importante tanto para ele como para nós, jogadores.
Dunga já passou por várias experiências como jogador, agora torcer pra que dê certo como treinador.

Como foi para você, pessoalmente, poder vivenciar a Copa do Mundo?

Não teve experiência melhor, joguei um jogo, acho que joguei bem, fiz um gol, a Seleção brasileira venceu, foi maravilhoso.
Não esperava nem jogar, acabei tendo a oportunidade, fiz o gol e, naquele momento, pensei na minha família, na minha mãe, nas dificuldades que ela passou pra me criar, e depois estar me vendo pela televisão disputar uma Copa do Mundo, que é o que todo jogador sempre sonhou em fazer.
É o que eu sempre quis fazer, sempre sonhei em jogar pela seleção brasileira numa Copa do mundo e consegui, jogar, fazer o gol, não teve outra coisa a não ser pensar na minha mãe, nos meus irmãos, foi muito bom.
Estar morando em Berlim e vivenciar a Copa foi gratificante, ter disputado como se estivesse no meu país. Foi muito válido e importante demais, fiquei super contente.

Tem algo interessante nos bastidores da Seleção, alguma história inédita, algo que você possa revelar pro torcedor que nunca teremos acesso? Vocês podem falar com a família quando querem?

Sim, não muda muita coisa, temos momentos de folga em que ficamos juntos, outros momentos mais introspectivos, fica cada um na sua, pensando como ajudar a Seleção brasileira.

Legal desta Copa foi também show de cantores brasileiros, importante terem oportunidade de mostrar seus valores,suas músicas. Hoje fico muito feliz de entrar numa loja de CD aqui na Alemanah e encontrar o da Ivete Sangalo.
É importante para a cultura do Brasil para que as pessoas também entendam que o Brasil não é só jogador de futebol, tem outras formas de conhecer o Brasil com artes plásticas, com a música.

Vocês viu as propagandas sobre o Brasil, divulgando turismo e alimentos?

Vi, eu vi sim, acompanhei tudo, estava ligado principalmente em Berlim.

Você estava torcendo pelo sucesso da Copa da Alemanha. Como foi no dia do apito final, constatar que tudo correu tranquilo e foi um ótimo Mundial?

Isso foi o mais importante, principalmente pra Alemanha. Já se dizia que, pelo fato da organização alemã ter tomado conta de tudo daria tudo certo e foi mesmo uma Copa tranquila.
Talvez não tenha sido o resultado esperado por todos que quisessem uma final Brasil e Alemanha, mas acho que a Itália foi merecedora do título por tudo que fez durante a Copa.

Como foram suas férias no Brasil, conseguiu curtir suas filhas, sua família, sua mãe?

Graças a Deus, consegui ter momentos maravilhosos com minha família, minhas filhas, minha mãe, meus irmãos, meus amigos. Foram poucos dias de férias mas foram dias bem vividos.
Estou vivendo um momento muito legal da minha vida, bastante feliz com tudo que está acontecendo e estou indo assim, com 30 anos, querendo mais, conhecer mais, aprender mais.

Você começou a aprender inglês, já está aprendendo o alemão. Além do Hertha, o que você quer fazer aqui em Berlim?

Estudar, aprender mais línguas, mais países já que estou na Europa e os países são uma hora, duas de avião. Conhecimento cultural, aprender mais a cada dia para poder, quem sabe, passar tudo isso pra minhas filhas, meus amigos.

Sua família te apoia muito. Seu irmão e seu amigo de infância ficaram dois meses aqui este ano. Sua mãe também deve aparecer qualquer hora para te visitar...

Isso é importante, este contato da família comigo. Sem família não se consegue viver bem e quero cada vez trazer mais amigos e parentes para passarem aqui um tempo comigo, nao digo morar, mas passar bom tempo comigo. Isso me deixa tranquilo e com a cabeça boa.

Vinte dias no Rio foram o suficiente para “recarregar as baterias"?

Com certeza, eu gostaria de ter ficado mais porque, teoricamente, deveria ter mais duas semanas de férias e queria ficar no Brasil este tempo. Mas não foi possível então é trabalhar, voltar pra Alemanha para quem sabe, no fim do ano consiguir alguns dias a mais de férias.

Última pergunta: com tanto problema no mundo e no Brasil, as guerras, as catástrofes naturais, o terrorismo do Primeiro Comando da Capital em São Paulo, você consegue acompanhar as notícias e, como pode um jogador de futebol ajudar?
Você acredita que, se cada um de nós cumprir sua parte, podemos melhorar o mundo realmente ?

A gente consegue saber sim, pela internet, rádio, tevê, ficamos sabendo do que está acontecendo no mundo.
Como jogador de futebol, procuramos fazer nossa parte, contra o racismo, ajudadando financeira como no caso das vítimas da Tsunami, fazendo jogos beneficentes.
Como atleta, procura ajudar da melhor forma possível mas sabemos que é difícil tentar mudar o mundo em tão pouco tempo.
Não se sabe até quando, infelizmente, isso vai durar, tanta guerra, tanta catástrofe natural.
Pode melhorar sim se cada um tentar cumprir o que é determinado e as Leis de Deus. Tem sempre quem quer ganhar um minuto a mais, passar na frente porque está com pressa mas isso não leva ninguém pra lugar nenhum, cada um tem de cumprir seu papel na sociedade.

Deutsche Version (Korrektur von Simon Kijewski)

„Das brasilianische Trikot tragen zu dürfen ist die größte Motivation“

Von Sandra Mezzalira Gomes

Am Tag als die Bundesliga angefangen hat (11.August), hat sich der "Carioca" Gilberto da Silva Melo 30, ein bißchen von seiner Zeit genommen um ein Exklusiv - Interview zu machen.
Themen waren unter anderem die neue Saison, das schlechte Abschneiden der Selecao, der Weggang Marcelinhos und Hertha. Das Interview mit der Journalistin/brasilianerin wurde in einem Restaurant in Kreuzberg geführt.

Ist es schwer, nach so einem Großereignis sich wieder auf die Bundesliga zu konzentrieren?

Wir hatten bis jetzt drei Spiele mit Hertha, es ist das Gefühl wieder mit meiner arbeiten anzufangen, wieder zu Hause zu sein. Ich bin sicher das dieses Jahr alles viel besser laufen wird als letztes Jahr.

Hast du mehr Erfahrungen gesammelt, mehr Selbstvertrauen?

Genau. Alles was während WM passiert ist war sehr wichtig für mich. Ich bin reifer geworden, der Respekt ist gestiegen und es war ein sehr wichtiges Ereignis für mich. Ich werde versuche die neuen Erfahrungen in guten Spielen von mir zu zeigen und dabei immer versuchen dem Team damit zu helfen das wir gewinnen.


Du hast gerade für das Radio Bandeirantes (Das Radio hat ihn angerufen während des Interviews) gesagt, das es sehr wichtig wäre mindestens den 4. oder 5. Platz in der Tabelle zu erreichen so garantiert man den UEFA Cup oder den 3 Platz zum erreichen der Championsleaguequali...

Bayern München, Hamburg und Weder Bremen sind die Topmannschaften die um die drei ersten Plätze kämpfen werden. Wir werden klar auch kämpfen um Meister zu werden, es ist schwer aber nicht unmöglich. Es ist aber sehr wichtig das wir mindesten der 4. oder 5. Platz erreichen, für die Fans und für den Klub. Wir müssen uns dafür konzentrieren das wir an einem internationalen Turnier teilnehmen dürfen.

Ihr spielt in Wolfburg und auswärts. Wird es schwierig und wie seid ihr vorbereitet?

Es ist noch schwer weil das Spiel dort ist und das Team ist ganz neu zusammengestellt , viele neue motivierte Spieler aber wir können es schaffen auch auswärts. Wir werden versuchen mit drei Punkten wieder nach Hause zu fahren denn es ist wichtig zum Start der Saison für das Team.

Ihr spielte jetzt gleichzeitig in zwei Turnieren?

Ja, wir spielen die Bundesliga und die Uefa-Quali.

Und dazu noch Selecao, wie kann man das alles schaffen?

Es ist hart, besonders weil die Selecao immer in anderen Ländern spielt und wir viel verreisen müssen. Trotzdem ist es die Selecao und wir repräsentieren damit unser Land und das ist sehr wichtig für einen Sportler. Ich freue mich immer wenn ich für die Selecao nominiert bin und gebe immer mein Bestes für mein Land.

Ihr spielte in Oslo, am 16. August, mit einem unterschiedlichem Team und Couch, neue Spieler, neue Strategie, findest du das eine ganz neue Erfahrung als Spieler, nach 2 Monaten mit einer Neue Auswahl sich im Feld zu treffen?

Ich denke ja, es ist sehr motivierend die neue Arbeit von dem neuen Trainer kennenzulernen, um seine Mannschaftsphilosofie zu sehen. Ich werde mindestens versuchen zu wissen wie Dunga arbeitet. Es ist aber unabhängig von Trainer, Mannschaft, Taktik, ob WM oder Freundschaftsspiele das brasilianische Trikot tragen zu dürfen ist die größte Motivation.

Du hast schon einmal gesagt das Brasilien einen von der einziges Land ist das so viele gute Spieler hat die 2 oder 3 „seleção’ bauen könnte. Es ist schwer den Platz in der Mannschaft zu behalten. Wie ist es denn für dich, nach deinem sehr guten Eindruck bei der WM als du deine Chance auf dem Feld bekommen hast und jetzt schon wieder nominiert bist für die Selecao?

Ich bin sehr glücklich, man könnte früher sagen das ich gut befreundet mit Parreira war. Jetzt hat Dunga aber mich auch nominiert und die Anerkennung für meine Arbeit gibt mir Kraft immer wieder das Beste zu zeigen. Ich werde hart arbeiten und versuchen immer gut zu spielen.

Im 2010 wirst du schon 34 Jahre alt. Wir wissen aber das es auch Spieler gibt in diesem Alter die noch eine WM spielen. Gibt es für dich diese Möglichkeit?

Ich hoffe es, es ist mein Traum, mein Ziel und mein Wunsch in 2010 dabei zu sein. Bis dahin kann viel passieren, ich hoffe das ich körperlich noch fit und gut vorbereitet bin um das Beste zu geben in Südafrika. Falls ich es aber nicht schaffe, dann muss man für andere Spieler die Opportunität weiter geben um den besten Fußball zu zeigen, wir brauchen dass. Ich hoffe ich kann spielen, wann nicht, muss man das verstehen.

Was kann Hertha ohne Kovac und Marcelinho erreichen. Vermißt du deinen Landsmann?

Marcelo war das großte Idol Herthas jahrelang, Kovac ist auch weg, die waren wichtige Spieler. Wir haben aber jetzt neue Spieler mit sehr gutem technischen Niveau junge Spieler mit 19, 20 Jahren die werden nun Erfahrungen sammeln wann sie bei der Hauptmannschaft spielen können. Es ist sehr wichtig diese Chance die der Trainer (Falko G.) ihnen geben wird. Und wir werden versuchen, auch ohne Marcelinho und Kovac, eine schöne Saison in der Bundesliga zu machen, das hängt nur an uns. Wir müssen an unsere Strategie glauben, wir müssen denken das wir das packen und dafür kampfen, für positive Ergebnisse und Siege.

Was merkst du beim Training jetzt, ohne Marcelinho. Habe ihr eine gute Harmonie gefunden. Die Mannschaft verträgt die Abgänge gut oder seid ihr ein bißchen gespannt weil die beiden guten Spieler weg sind? Wird Hertha sich „wieder entdecken"?

Es hat gerade erst alles angefangen, es ist schwer zu beantworten oder einen Kommentar zu machen. Wir werden das wirklich merken nur mit der Zeit ob sie uns wirklich fehlen oder nicht, wir müssen aber weiter spielen und arbeiten, die gehören nicht mehr zum Team und wir müssen denken an die, die hier sind, wir müssen den besten Weg finden zu spielen mit was wir jetzt haben.

Es wäre aber nette wieder eine Brasilianer bei Hertha zu haben für dich?

Das ja, es ist immer gut jemand der aus deiner Land kommen. Nicht nur im private, das man deine Sprache verstehe aber auch weil wir brauchen gute Spieler, mit Qualität und das passierte normalerweise mit den Brasilianer, das brauchen wir auch.

Im Marcelinho fall, kennst du die Mannschaft wo er jetzt spielt? Was denkst du darüber, ist er dort zufrieden?

Der Mannschaft wo er jetzt spielt kenn ich nicht. Persönlich fand ich es nicht nett das Marcelo gegangen ist, er ist Brasilianer und ein sehr guter Spieler. Es geht mich aber nichts an einen Kommentar darüber zu machen, die Chefetage fand es besser ihn zu verkaufen weil sie ihre Gründe haben. Er hat auch für die Presse gesagt das er wollte gehen, vielleicht hat er auch seine Gründe, es ist schwer zu analysieren. Ich denke nur wir haben einen großen Spieler verloren.

Würdest du in der Türkei spielen? Gibt es ein Land wo du nicht spielen würdest?

Ich denke ich würde überall spielen, also natürlich nicht in einen Land wo es Krieg gibt.

Bleibst du bei Hertha. Was kann passieren das du die Mannschaft verläßt?

Das einzige wäre ein Notfall mit meiner Familie, falls ich ein solches Problem hätte das nur ich erledigen könnte, dann würde ich immer alles hinter mir lassen um meiner Familie zu helfen, egal was. Ich werde aber gerne bis 2010 im Deutschland bleiben, besonders in Berlin, ich finde diese Stadt wunderschön, Hertha ist auch sehr nett, es ist mir sehr wichtig zu bleiben. Meine Gedanken sind hier, in einer großartigen Stadt und in einem großartigem Land in den nächsten Jahren zu sein. Nur wenn sie mich nicht mehr wollen.

Und jetzt verstehst du sogar besser die Sprache...

Jedes Jahr lerne ich mehr, verstehe ich mehr. Es ist nicht einfacher aber ich versuche meine Platz zu finden, meine Erkenntnisse zu verbessern. Ich merke das die Menschen mich besser versteht, sie wissen was ich denke. Wenn man die Sprache nicht herrscht, merkt man das die anderen dich nicht wirklich verstehen, nur oberflächlich. Heute ändert sich das langsam, man weiß besser was Gilberto denkt und das ist mir sehr wichtig.
Deutsche (Korrektur von Simon Kijewski)

Kann man Bundesliga mit Campeonato Brasileiro (Brasilianisches Bundesliga) vergleichen?

Ja, ich habe selber sehr lange dort gespielt und wir sehen das die europäischen Turniere sind viel besser organisiert als die Brasilianischen. Es ist sehr schlecht für die Brasilianer, wir wünschen uns eine so gut organisierte Bundesliga zu haben. Aber da will ich auch arbeiten, ich versuche viel zu lernen von hier damit ich irgendwann in Brasilien das alles zeigen kann um unsere Turniere dort zu verbessern.

Du hast brasilianisches Fernsehen zu hause. Kann man die Spiele begleiten?

Ein paar Spiele ja aber nicht alle und der Zeitunterschied ist auch so groß um alles zu verfolgen. (jetzt sind es fünf Stunden). Wenn ich kann, gucke ich.

Du hast das bestimmt tausend mal beantworten müssen, sorry aber was ist denn bei WM mit dem Favoriten passiert und ihr so früh ausgeschieden seid? Warum hat die Seleção so gespielt? Was ist für dich in Erfahrung geblieben?

Es ist sehr schwer zu beantworten, es sind sehr viele Gründe, ich könnten sie nominieren aber es ist besser das Gewissen zu haben das die Seleçao nicht gut gespielt hat und nicht gezeigt hat was sie konnte und deshalb sind sie rausgeflogen. Sowas kann mal passieren und es gewinnen nicht immer die Favoriten. Die Selecao hat nicht ihr besten gegeben und ist deshalb ausgeschieden.

Du warst einer von den einzigen Spielern die in Rio vor die Tür gegangen ist, die andere hatten sich versteckt und sind durch die Hintertür raus gegangen. Die Fans haben geschimpft doch für dich gab es Applaus. Wie war deine Reaktion, wußte du das die Fans so sauer waren, warst du vorbereitet auf die Fanreaktionen in diesem Moment?

Es gab doch Gemurmel als wir in Rio gelandet sind, sie haben uns gesagt wir sollten nicht raus gehen weil der Flughafen voller Fans war und sie haben viel geschimpft. In dieser Momente habe ich das Gegenteil gesagt, wir sollten mit den Fans reden damit auch sie ihre Trauer über die Niederlage gegen Frankreich loswerden können. Für mich war es wichtig sich dem zu stellen.
Als wir nach Deutschland geflogen sind gab einen langen Fan Korridor die für uns die Daumen gedruckt haben, das brasilianische Volk hat uns motiviert um den Pokal in Deutschland zu holen. So wie ich es damals gemacht auf dem Weg wollte ich das diesmal auch tun und zwischen den Fans laufen und ich habe viele Motivierende Worte gehört und ich war sehr glücklich mit dem Empfang in Rio

Und wie war es während deinem Urlaub, hat man dich auf die Straße angehalten, was gesagt, wie haben die Fans reagierte?

Ich mußte sehr viele Fragen beantworten, es ist normal, warum haben wir verloren usw. Es war aber wichtig, ist meine Heimat, es war nett auszugehen, erkannt zu werden, mit den Fans zu reden. Es war aber nicht genau wie ich zurück gehen wollte, ich wollte als Weltmeister wieder nach Rio fliegen. Es war nicht dieses mal. Wir müssen jetzt kämpfen um 2010 in Südafrika.

Und war die brasilianische Medien fair mit der Seleção?

Es ist normal das man nach Schuldigen sucht und versucht Erklärungen zu finden. Man muss auch mit dem Untergang lernen, es bringt auch viele Lektionen, es hat sich gelohnt die Kritik der Medien und von Fans zu hören.

Was hat eigentlich der Seleção gefehlt?

Parreira hat deklariert das er es nicht geschafft hat aus der Selecao eine Mannschaft zu wir haben nichts gutes geleistet und nicht gut gespielt und nicht unseren brasilianischen Fußball gefunden.

Alle sagen das ihr viele Sterne wart aber keine „Konstellation".

Genau.

Was erwartest du von Dunga als Couch?

Ich kann Dungas Geschichte als Spieler, er war ein große Spieler, Kapitän von Selecao und jetzt als Couch, diese neue Opportunität. Ich hoffe er schafft es als Trainer, es ist wichtig für ihm und für uns, ich drücke ihm die Daumen.

Wie hast du persönlich die WM erlebte?

Es gab nicht besseres Erfahrung für mich, ich bin in einem Spiel aufgetretten habe gut gespielt und ein Tor gemacht und wir haben gewonnen. Was war ein sehr schönes Erlebnis. Ich habe nicht erwartet das ich die Opportunität zu spielen habe würden, es ist dann passierte und in dem Moment als ich das Tor gemachte habe, ich könnte nur an meine Familie, um meine Mutter denken, an alle Schwierigkeiten die sie hatte um mich groß zu ziehen und jetzt könnte sie mich im Fernsehen sehen bei WM spielen, wovon jeder Spieler träumt.
Es war auch immer mein Traum, ich wollte für die Selecao in einer WM spielen und ich habe es geschafft, es war ein sehr gutes Erlebnis, besonders weil es hier war, ich wohne ja in Berlin, es war wie als ob die WM bei mir zu hause ist.

Gibt es was interessantes was wir von euch Spieler erfahren dürfe, während des Tuniers? Dürft ihr während des Tuniers mit eurer Familie sprechen?

Ja, das dürfen wir. Es gibt eigentlich nicht viel zu sagen, es ändern sich auch nicht viel, wir haben ein paar Tage frei, die wir gemeinsam verbringen und in anderen Momenten konzentriert sich jeder auf sich selber man nimmt sich Zeit und denkt wie man am besten der Selecao helfen kann.
Was ich nett in dieser WM fand, war der Copa da Cultura*, wo viele Sänger und Sängerin aus Brasilien auftraten und ein bißchen von ihrer Arbeit hier in Deutschland zu zeigen. Wir haben sehr gute Musik in Brasilien und ich freue mich wenn ich sehe das Ivete Sangalo seine Musik hier verkauft. Es ist sehr wichtig für die brasilianische Kultur, das die Menschen auch wissen das wir nicht nur Fußball sondern es auch andere Wege Brasilien kennenzulernen.

Hast du die ganze Werbung aus Brasilien* für Lebensmittel und Tourismus auf der Straße und den U-Bahnen gesehen?

Ja, ich habe sie gesehen, ich habe vieles erlebt besonders in Berlin.

Du hast im April gesagt, du würdest die Daumen für Deutschland drücken, das die WM gut wird. Wie war das Gefühle eine so tolle, friedliche und freundliche WM* hier zu sehen?

Es war das Wichtigste, besonderes für Deutschland. Man hat vorher gesagt das alles gut laufen wird weil die Deutschen alles organisieren haben und es war doch alles ruhig. Es war vielleicht nicht die erwartete Finale mit Brasilien und Deutschland, Italien hat den Pokal aber auch verdiente wegen der Arbeit während des Turniers.

Und, wie war deine Urlaub, könntest du deine Tochter, Familie, deine Mama sehen?

Gott sei Dank ich hatte wunderbare Momente mit meiner Familie, meiner Tochter, Mutter, meinen Geschwistern und Freunden. Es waren zwar wenig Tage aber sehr gut es zu erleben. Ich lebe gerade eine sehr nette Phase in meinem Leben, ich bin sehr glücklich mit allem was gerade passiert und mit 30 will ich mehr ich will viel lernen und viel von der Welt sehen.

20. Tage in Rio waren denn genug um die Batterie wieder aufzuladen?

Bestimmt. Ich wollte länger bleiben, wollte noch 2 Wochen Urlaub dort verbringen, hat aber nicht geklappt. Dann jetzt will ich harte Arbeit und vielleicht kriege ich den Urlaub am Ende des Jahr.

Du hast gerade auch mit der englischen Sprache angefangen und lernst schon deutsch. Was willst du denn weiter machen?

Lernen, Studieren, neue Länder sehen besonderes in Europa sind viele Länder in der Nähe nur ein zwei Stunden mit dem Flugzeug. Ich will mehr generelle Kultur lernen das ich das dann irgendwann für meine Tochter und Freunden erzählen kann.

Deine Familie unterstützt dich sehr. Deine Bruder und gut Kumpel waren 2 Monate am Anfang des Jahres da. Und deine Mutter wird dich auch bestimmt bald besuchen..

Das ist mir sehr wichtig, dieser Kontakt mit der Familie. Ohne Familie kann man nicht gut Leben und ich will jedes mal meine Verwandten und Freunden hier herbringen, um Zeit mit ihnen zu verbringen, das tut mir gut, läßt meinen Kopf frei.

Letze frage: mit so vielen Problemen in der Welt und in Brasilien, die Kriege, die Naturkatastrophen, der Terror von Primeiro Comando da Capital in Sao Paulo, schaffst du die Nachrichten zu sehen. Was kann man als Fußballspieler machen um die Welt ein bißchen zu verbessern? Glaubst du das, wann jeder von uns im Alltag ein bißchen gutes macht, kann man tatsächlich die Welt ändern?

Natürlich kriegen wir vieles mit durchs Internet, Radio, Fernsehen. Als Spieler versuchen wir was dagegen zu machen, gegen Rassismus, mit Spenden wie war bei den Tsunami Opfern, „Benefiz Spielern", wir helfen wie wir können, wir wissen aber das ist sehr schwer die Welt im so kurzer Zeit zu ändern, Keine Ahnung wie lange werden die ganzen Probleme weiter haben, leider.
Jeder sollte aber versuchen sich an die Regel zu halten, die „Gesetze Gottes " zu beachten. Es gibt leider immer, zum Beispiel, Menschen die nicht in der Schlange warten wollen und respektlos mit anderen sind und versuchen Zeit zu gewinnen. Das bringt keiner was. Jeder hat sein Aufgabe in der Gesellschaft zu erledigen.

Revendo Gilberto antes da Bundesliga e amistoso da seleção

Difícil conseguir um espaço na agenda do Gilberto afinal, ele começa a disputar a Bundesliga (campeonato alemão) com o Hertha BSC, de Berlim, no domingo e estará em campo, provavelmente como titular, pela seleção brasileira mais uma vez no amistoso em Oslo, na quarta-feira.
Mas finalmente conseguimos nos encontrar para "botar o papo em dia" e fazer uma nova entrevista. O resultado vou publicando devagar, hoje ficam algumas fotos...

Diga não ao racismo!

Em Berlim, a experiência foi ótima! Lyara visitou a cidade em maio e deixou saudades.



















A Lyara, amiga de infância, é uma destas pessoas maravilhosas que enfrentam, casualmente, problemas por sua cor de pele. Um absurdo que tem de ser combatido para conseguirmos viver num mundo de tolerância e paz.




Publiquei este texto na coluna da Brazine, em 6 de junho, divulgando as linhas telefônicas que estavam disponíveis para as vítimas na época. Achei legal deixar registrado aqui no blog, afinal, somos todos irmãos e, infelizmente, alguns esquecem disso. Não custa dar uma lembrada...segue o texto publicado na época e, mesmo sem a hotline, sempre atual!

"6 de junho de2006 - Vítimas de racismo contam com hotline em Berlim/Brandenburgo e outras sobre o assunto

Por SANDRA MEZZALIRA GOMES

A partir desta quinta-feira, 8 de junho, estará a disposição 24 horas por dia um telefone de emergência para quem for vítima de racismo em Berlim ou Brandenburgo. Em seis línguas, a idéia do "Racism Help Line" é não apenas dar atendimento às vítimas mas ainda servir como um disque denúncia. Anote então os números:

Alemão : 0160 /578 5085
Inglês : 0170 / 609 4241
Espanhol : 0175 / 371 5473
Francês : 0151 / 1893 9081
Português : 0160 / 609 7023
Turco : 0170 / 60 9425
Mais informações: www.racismhelpline.de

Brasileiros na Alemanha criam comunidade contra racismo

As comunidades na internet estão cada vez mais comum. A "Eu sou contra o Preconceito" conta com mais de 730 mil membros. Agora a brasileira Andrea Tonks, em Colônia, reuniu pelo menos cem pessoas pela causa "Por uma copa sem racismo" na recém-criada comunidade do orkut.

Relatos do dia a dia de situações contragedoras ou atitudes louváveis em proteção ao próximo, reportagens de jornais sobre o assunto assim como um tópico "Não somos contra alemães", no qual se debate o tema e se explica que a maioria dos alemães também não está satisfeita com os ataques contra estrangeiros, podem ser acompanhados no link:
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=14320211

"Nunca tive problema com racismo na Alemanha"

Apesar de toda discussão, a reportagem conversou com várias pessoas que moram ou visitaram a Alemanha. Em nenhum caso, elas tiveram problemas por causa da sua cor de pele. Independente de terem visitado grandes ou pequenas cidades. Exemplo é o artista Ismael Ivo, famoso por seu trabalho artístico que desenvolve há 15 anos na Alemanha. Recentemente, se apresentou pelo menos três vezes para uma platéia que sabe valorizá-lo. O paulista teria sido o primeiro brasileiro e negro a assumir, em 1996, a liderança do "Deutschen Nationaltheater Weimar" (Teatro Nacional de Weimar). "Nem naquela cidade da ex-Alemanha oriental tive problemas, nunca, nem eu nem os quinze bailarinos que trouxe do Brasil na época". Ele se sente "em casa", apesar de não esquecer as raízes. "Nunca deixarei de ser brasileiro, nem vou virar alemão mas Berlim faz parte de mim". Para ele, é uma minoria que acaba estampando nas manchetes dos jornais. "O alemão é aberto, curioso, sabe respeitar outras culturas, é um povo pacífico", opina, lembrando que os casos de skinheads são tratados como crime justamente porque não ilustram o pensamento da sociedade. Ismael expressa sua torcida por uma boa Copa do Mundo especialmente visando ajudar a Alemanha a sair da crise. "É bom para Berlim, estamos precisando levantar as pessoas, vivendo uma fase social muito difícil."

Quem também já se acostumou até com o frio da Alemanha é o carioca Gilberto da Silva Melo, do Hertha BSC, no momento em Frankfurt com a seleção brasileira. Em entrevista no fim de abril, Gilberto afirmou jamais ter passado por problemas de preconceito por causa de sua cor de pele. "Esperava encontrar racismo por aqui mas não encontrei", diz, considerando ainda que procura observar as regras do país onde está para evitar dores-de-cabeça. "Se aqui só se atravessa com o sinal verde, também obedeço e espero o sinal abrir. Tem de saber respeitar o país".

O artista cubano Bráulio Zuñiga, de 48 anos, vive há 13 anos em Berlim e não consegue recordar de nenhuma situação constragedora por parte dos alemães. "Os turcos que moram aqui são muito pior". Seu amigo, Lorge Sanchez, de 34 anos, é costureiro e mora há seis anos na capital da Alemanha. Alto, com rastafári longo e porte atlético, ele assume que faz sucesso entre as mulheres alemãs mas sente sim, um certo preconceito, mesmo jamais tendo sido agredido ou xingado por causa da sua raça. "Elas gostam do exótico mas não querem casar com um negro, não levam a sério. A formas diferentes de ser racista".

Para quem esteve como turista na cidade, Berlim foi simpática. Pelo menos com a produtora de TV Lyara de Oliveira, de 30 anos e com o irmão e amigo de Gilberto, Rodrigo e Roberto. Os três garantiram ter adorado Berlim e mais, tido toda tranquilidade do mundo para conhecer a cidade.

Fato é que, como em qualquer lugar do mundo, não se recomenda andar em parques desertos quando está escuro assim como há certas regiões da Alemanha nas quais concentram-se maior número de simpatizantes do NPD (Nationaldemokratische Partei Deutschlands/ Partido Nacional Alemão). A Africa estaria elaborando um mapa para os turistas que quiserem vir para a Copa com "no go areas" (areas onde não se deve ir).

O tema racismo em campo vem sido discutido há anos e a Fifa tem combatido o preconceito duramente. E se ainda não estão definidas as punições para quem ofender o outro durante uma partida, uma das grandes estrelas da abertura da Copa do Mundo no dia 9, próximo sábado, em Munique é Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, que tem sido lembrado e convidado de honra em várias ocasiões neste últimos anos de preparativos. Mais uma prova de que talento e profissionalismo não tem nada a ver com a cor da pele.

Amigos ingleses, pub irlândes

Uma noite diferente com a visita dos meus amigos ingleses, Matthew e Caroline, no Irish Pub do Europa Center. Ao som do "The 4", quatro alemães que tocam rock, pop e afins, tivemos uma agitada e agradável oportunidade de aproveitarmos Berlim juntos.