Seminário sobre Florestas Brasileiras expõe sobre situação do meio ambiente no país tropical
Por SANDRA MEZZALIRA GOMES
Mostrar que natureza e desenvolvimento podem e devem caminhar juntos, ensinar o ser humano a usar o meio ambiente de forma inteligente e preservar o mesmo.
Mais do que isso, expor a riqueza natural que o Brasil possui e provar a importância do país tropical em conservá-la para o equilíbrio do planeta, incentivando e discutindo parcerias que possibilitem atividades de preservação, recuperação e uso sustentável.
Empresários, estudantes, imprensa e demais representantes da socidade civil estiveram reunidos nesta terça-feira na Embaixada Brasileira em Berlim para o seminário "Brasilianische Wälder" (Florestas Brasileiras).
Aprenderam, entre outras informações, um pouco sobre os biomas Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e Pantanal.
O objetivo principal foi mostrar as potencialidades da floresta brasileira, a legislação ambiental, as atividades realizadas para a preservação, o respeito ao meio ambiente.
Na abertura o embaixador Luiz Felipe de Seixas Corrêa lembrou a importância do Brasil na questão ambiental e em se conciliar conservação com desenvolvimento. Salientou o engajamento mais intenso do Brasil desde 92, quando a Confederação das Nações Unidas realizou a Eco no Rio.
Gilberto Freyre Neto, então com a palavra, lembrou que seu avô, Gilberto Freyre* teve suas relações com os alemães no passado. "Para a Fundação é uma honra buscar esta reaproximação entre Brasil e Alemanha"
No seminário com tradução simultânea, projeto coordenado pelo professor, economista e conselheiro da Fundação, Josué Souto Maior Mussalem, palestrantes expuseram a situação de grandes florestas brasileiras:
professor e engenheiro Adelson Gomes Ferraz;
José Pedro de Oliveira Costa, professor doutor da USP, arquiteto e ambientalista, articulador internacional para a conservação do meio ambiente junto a Unesco;
Clayton Ferreira Lino, professor do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (Programa Homem e Biosfera/Unesco), coordenador da Rede Brasileira de Reservas da Biosfera (Ministério do Meio Ambiente) arquiteto, especialista em espeleologia;
Humberto Candeias Cavalcanti - Diretor do Instituto Estadual de Florestas (IEF) de Belo Horizonte, Engenheiro Florestal;
Virgílio Viana, professor doutor da Esalq/USP e da Pós-Graduação na Universidade Federal do Acre. Engenheiro Florestal e secretário do meio ambiente e desenvolvimento sustentável do Estado do Amazonas
Entre outro temas relataram sobre programas e parcerias que já estao dando certo como o Promata*, citaram dados atuais sobre a devastação do meio ambiente, as regras e mudanças na legislação brasileira, as causas que prejudicaram florestas como a Mata Atlântica e soluções já encontradas e agora sendo aplicadas para minimizar os prejuízos e evitar novas destruições.
Também ficou conhecido da platéia um pouco mais sobre a realidade das comunidades que moram no Amazonas, como o governo tem resolvido questões de sobrevivência e mesmo os direitos básicos dos cidadãos como a documentação.
O evento foi uma realização da Fundação Gilberto Freyre, da MRSA Consultoria ltda, patrocinada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, Eletrobrás, pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) e apoiada pela Embaixada em Berlim e pelo Consulado geral do Brasil em Munique, que serviram como sede para o mesmo.
*Gilberto Freyre (1900-1987) sociólogo, educador e antropólogo, escreveu Casa Grande&Senzala, foi ativo na vida política e social brasileira.
*O Promata é feito em parceria com o Governo mineiro e alemão, com apoio do Banco KFW. Firmado em 2003, tem previsão de até 2007 contar com 7.700 euros de cada lado para proteção, recuperação e investimentos no uso sustentável em 140 mil km quadrados de vegetação espalhados por 429 municípios de Minas Gerais, cerca de 25% do estado.
"Não somos o pulmão do mundo como se dizia no passado mas somos o ar condicionado e o chuveiro" secretário do Amazonas, Viana.
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