Wednesday, November 08, 2006

Tinha um muro por aqui?

Fotos: Marcas feitas com pedras marcam trajeto do muro
O Ampelmenschen, o "homenzinho do semáforo" era diferente do lado oriental e ocidental. Este da foto é o do lado socialista
A Potsdamer Platz, admirada por sua moderna arquitetura, era um deserto na época do concreto que dividia a Capital da Alemanha








Moro pouco mais de um quilômetro distante de onde passava o muro de Berlim. Lembro que existia - e tento imaginar meio sem sucesso como deveria ser - esta triste e cinzenta construção graças a "listas de pedras" no asfalto que marcam o local do muro.

Toda vez que caminho da minha casa aqui em Kreuzberg para a Potsdamer Platz vejo as tais marcas. Se as mesmas não estivessem ali, seria difícil acreditar que um dos centros mais modernos da capital era um espaço abandonado e a Berlim capitalista, uma ilha isolada.

Me apaixonei por esta cidade, que hoje comemora 17 anos da queda do concreto, assim que cheguei, em outubro de 2000.

Já morei dos "dois lados" e senti algumas diferenças entre os „Wessis" e „Ossis" (como eles se referem ao pessoal que vem do Oeste e do Leste).

Diria, no entanto, que o berlinense é um povo mesclado, aberto, tolerante, simpático e prestativo, independente do lado da construção que morava.

Não é a toa que os outros alemães dizem „die netter berliner". Afinal, foi um povo que sofreu demais com guerras e separações e dá valor as pequenas coisas.

Mesmo com várias memórias e problemas herdados ainda dos tempos da DDR, o berlinense prova para o mundo que não há nada mais importante do que a liberdade de ir e vir.

Além disso, já temos "muros" internos e sociais para derrubar, não fazendo o menor sentindo a construção concreta de mais uma barreira, por melhor que sejam os argumentos políticos.

Comemoração merecida

A data é comemorada na capital da Alemanha e as vítimas do muro, lembradas. Nesta quinta-feira os eventos serão vários para quem quiser acompanhar as homenagens aos que batalharam contra o muro ou mesmo aprender um pouco da história.

Na programação, a seguir em alemão, a chance de rezar pelos que perderam a vida por causa do concreto e ainda, ter uma idéia mais realista de como era viver aquela realidade que separou famílias, amigos, vizinhos e dividiu até ruas pela metade.

Bom ressaltar que o Centro de Documentação do Muro (Dokumentationszentrums Berliner Mauer) na Bernauerstrasse, 111* tem entrada gratuita e é um dos mais completos para os que desejam aprender sobre o tema e tentar vivenciar aquela época.

*A Bernauerstrasse foi uma das ruas divididas no meio pelos russos. Lá ainda há um grande pedaço original do muro assim como a Capela da Reconciliação, erguida após a queda do muro para substituir a igreja que os guardas russos implodiram "por atrapalhar a vigilância" já que a igreja acabou ficando bem no meio do concreto e prejudicaria a visão caso alguém tentasse fugir.

"Die Berliner Mauer fiel heute vor 17 Jahren. Der Verein Berliner Mauer begeht eine Gedenkveranstaltung zum Jahrestag.

Gemeinsam mit Repräsentanten aus Gesellschaft und Politik werden Bürger Kerzen in Erinnerung an die friedliche Überwindung der Teilung entzünden. Die Kerzen knüpfen an die Montagsdemonstrationen vom Herbst `89 an und verbinden symbolisch die Freude über den Fall der Mauer mit der Hoffnung, dass Freiheit und Menschenrechte weltweit mit friedlichen Mitteln erlangt werden können.

An der Gedenkveranstaltung beteiligen sich dieses Jahr auch rund 350 norwegische Jugendliche, die mit der Organisation

„Aktive Fredsreiser – Travel for Peace" nach Berlin kommen.

9.30 Uhr: Öffnung des Dokumentationszentrums Berliner Mauer
Bernauer Straße 111

10.00 Uhr: Posaunenruf an der Hinterlandmauer
Bernauer Strasse / Ecke Ackerstrasse
(Veranstalter Bürgerbüro e.V.)

10.30 Uhr: Andacht zum 17. Jahrestag des Mauerfalls in der Kapelle der Versöhnung, Bernauer Straße 4

11.00 Uhr: Gedenkakt am Denkmal für die Opfer der Teilung
Bernauer Strasse / Ecke Ackerstrasse
Aufstellen von Kerzen als Erinnerung an den Herbst `89

12.00 Uhr: Andacht zum Gedenken an die Todesopfer der Berliner Mauer in der Kapelle der Versöhnung

12.30 Uhr: Öffentliche Führung „Gedenkorte in der Bernauer Straße"
Treffpunkt: Dokumentationszentrum Berliner Mauer

14.00 Uhr: Mauerpilgerweg, Wanderung zur Bornholmer Straße
(Veranstalter Kapelle der Versöhnung)
Treffpunkt: Kapelle der Versöhnung

Ganztägig: Amateurfilmaufnahmen von der Öffnung der Mauer am Schlesischen
Busch und am Potsdamer Platz
im Dokumentationszentrum

Die Berliner Mauer

Die Berliner Mauer ist aus der wiedervereinigten Stadt lange verschwunden. Aber die Erinnerung daran ist noch lebendig und viele Besucher aus aller Welt sind enttäuscht oder verwundert, dass von „Berlins berühmtesten Bauwerk" nur noch wenig zu finden ist."




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