Desde a metade de setembro alguns estabelecimentos começaram a oferecer os produtos comestíveis natalinos. Papai Noel e cia nas prateleiras enquanto as temperaturas ainda passavam dos vinte graus e permitiam a sensação de um verão tardio, que nada combina com o sempre desejado natal branco, com frio e neve.
Chegou-se a cogitar uma lei proibindo os produtos de aparecerem tão cedo, por "quebrar-se" o encanto e sentido da festa, que para muitos alemães começa mesmo então no primeiro domingo de advento, ou seja, no fim de novembro. Enquetes feitas na época mostravam que a maioria aprovava uma proibição.
Estes dias acompanhei uma discussão de brasileiros que não se conformavam com a antecipação do natal no comércio também no Brasil. Pelo visto, o "fenômeno" é mundial....
Esta semana já encontrei aqui em Berlim, inclusive, produtos pra decoração natalina e algumas marcas também já trazem o papai noel estampado em seus rótulos.
Um programa de TV aproveitou a polêmica pra constatar que, mesmo contra a "pressa do comércio", alguns clientes começaram também a consumir os produtos desde setembro. E foi além, montou uma árvore de natal em um shopping, com papai noel e tudo.
A surpresa no rosto dos frequentadores do local era evidente ao ver o mesmo, e foram muitas as críticas a esta antecipação comercial de uma data que tem uma importância religiosa para muitos cristãos.
Difícil ficou ainda explicar pras crianças porque o papai noel se enganou com o calendário neste ano.
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