Friday, August 18, 2006

Honestidade alemã: jornal e carteira "retornam" ao dono

Dois fatos curiosos desta semana comprovaram como algumas coisas são diferentes por aqui. Primeiro na terça-feira, percebi que meu jornal (assino o "Berliner Zeitung") não estava, como sempre, na minha porta. Pensei na hora: "alguém pegou meu jornal".
Claro que fiquei chateada mas pode acontecer, afinal, o entregador deixa ele no vão para colocar minha correspondência e qualquer um só precisaria puxar para levar o diário embora.
Neste dia, aniversário da minha irmã (que em breve estará postado aqui), fomos jantar com um grupo de amigos. Ao voltar pra casa, já passado da meia-noite da quarta-feira, eis que percebo, na escada da parte da frente do meu prédio, um jornal largado. Sim, era o meu, o nome "Gomes" estava escrito nele e ninguém, durante quase 24 horas, ousou levar o que não lhe pertence! Suponho que o entregador era novo e ainda não sabia exatamente qual era meu apê. Agora ele aprendeu.

Daí, na quinta-feira, percebo metade de um envelope no mesmo local onde chega diariamente o jornal. Tentei puxar mas algo grande impedia e tive de abrir a porta para pegar o volume. Que surpresa ao ver minha carteira, perdida (ou roubada) no fim de julho, com TODOS os documentos: passaporte italiano, registro na polícia alemã, cartão do seguro de saúde, do Banco, bilhete do metrô, até um "vale vista panorama" para a Potsdamer Platz que ganhei em dezembro.
Além do dinheiro (cerca de 40 euros), não voltaram as fotos 3x4 que tinha de toda minha família. De valor inestimável, não entendi porque alguém quis ficar com elas. Mas reconheci a eficiência dos serviços na Alemanha (quem devolveu a carteira foi o correio) e fiquei aliviadíssima de saber que não vou precisar providenciar todos os documentos de novo.

Se já admirava o fato das lojas poderem expôr seus produtos nas calçadas e ninguém roubar nada, nesta semana tive mais duas provas da honestidade alemã.
E mais, se os boletins de ocorrência aumentam em todo o mundo, e aqui também, é interessante observar que, na grande maioria, são estrangeiros cometendo crimes por aqui.
Uma pena para os alemães que foram educados para respeitar o próximo e viver em harmonia.


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