(Antônio Luiz Gomes)
Começa o mês de junho, e, ao ensejo do santo casamenteiro Antônio (de Pádua ou Lisboa!), além de tantos comentários – do Papa, inclusive - sobre a fidelidade, salientemos a comemoração, com festejos sacros e profanos, do casamento de Lutero, “Luthers Hochzeit”- na cidade de Wittenberg, jóia alemã, encravada a poucos km. de Berlim, entre Leipzig e Dresden.
Casaram-se ali, a 13 de junho de 1525, Martim Lutero e Katharina von Bora, em data litúrgica do franciscano Antônio - evocando, talvez, a admiração de Lutero pelos discípulos do “poverello” de Assis e, ainda, os valdenses, sua dedicação aos pobres, sua revolta contra o luxo e poder da nobreza. A festa vai de 9 a 13 de junho, vale a pena aproveitar o dólar baixo e dar um pulinho até lá!...
Recorda-se o exemplo matrimonial dado por Lutero e sua esposa, Catarina, ambos provenientes de congregações religiosas, ele, agostiniano, ela, do convento beneditino de Nimbschen. Prosseguiram nessa formação cristã, na enorme casa em que residiram, o “Schwarzes Kloster”, cercados de estudantes, teólogos e amigos, como Kranach e Justus Jonas. Hoje, um museu no qual podem ser vistos grupos de jovens, vestidos a caráter, os meninos, de Martim, as meninas, de Kathy...
O casal teve seis filhos, Johannes (o primeiro, Joãozinho, o mais festejado!), Elisabeth, Magdalena, Martin Jr., Paul e Margarete. Uma das “pestes” que atingiu o povoado, em 1528, levou a pequena e pranteada Elisabeth. Jamais faltou, contudo, naquele lar, o espírito cristão, de esperança, união e fé, bases de uma família exemplar.
O professor Antonio Luis Gomes, da Academia Jundiaiense de Letras
é integrante da comunidade da Igreja Martin Luther, em São Paulo, onde
todos os fins de semana há celebração em alemão e português, normalmente
realizadas pelo pastor Frederico ou pastora Vera. Pai de três filhas,
duas das quais residem na Alemanha, colabora regularmente com o jornal
Bom Dia Jundiai.
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