Foto: Marcia de Souza Lino
Copa do Mundo feminina começa hoje em Berlim
Mundial conta com 16 times disputando a taça em nove cidades; são quatro grupos, cada um com quatro times, desejando a final em Frankfurt
Por Sandra Mezzalira Gomes
“Eu só quero jogar um bom futebol”, declarou Kerstin Garefrekes, da seleção alemã, no início da semana, ao ser indagada sobre as diferenças entre o futebol feminino e masculino. Frases como “Para a maioria dos homens, somos “lésbicas”, ou ainda, “Mesmo com a Copa sendo no nosso país, muito ainda riem de nós”, mostram que a Copa do Mundo Feminina, que tem início às 18 horas hoje, é muito mais do que um evento esportivo.
Diferente do vôlei, basquete e outras modalidades, parece que o futebol ainda é visto como “esporte para homem”. Tanto que, se um jogador se declara homossexual, pode ser isolado pelo grupo. Já as mulheres que tem paixão pela bola são, então, acusadas de lesbianismo.
Por isso também a seleção alemã parece ter “mudado o discurso e a campanha de marketing”. Em vez de ficar comparando com a copa de 2006 e esperando o mesmo respeito e atenção, o tom da conversa focou para o esporte em si e a importância de não deixar a taça sair das terras germânicas.
E se demorou até os últimos dias para que fãs, artigos esportivos, reportagens e propagandas temáticas aparecessem, agora é visível o aquecimento deste mercado.
Com cerca de 700 mil ingressos vendidos até a quarta-feira, com uma grande mobilização para motivar a seleção alemã, parece que o jogo de estréia, contra o Canadá, neste domingo, não deverá ser problema para as jogadoras que entram em campo no Estádio Olímpico de Berlim sob a direção da treinadora Silvia Neid, 47, uma das pioneiras do futebol feminino alemão na década de 80.
pagina impressa do JJ....
Sunday, June 26, 2011
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