A Fifa realizou várias atividades para combater o racismo em campo. Nos últimos jogos, os capitães dos times leram um manifesto contra o preconceito e as equipes foram fotografadas com o cartaz "Say no to racism". Se antes da Copa começar houve uma grande discussão sobre "No go areas" e possíveis ataques de Neonazistas, tudo correu praticamente tranquilo até o momento. Mais do que mostrar para o mundo que a Alemanha é um país aberto , simpático e receptivo, a população local também está vivendo uma oportunidade única: a de finalmente poder vestir a camisa da sua pátria e carregar sua bandeira sem ser acusado de ser nacionalista (o que não deixa de ser uma forma de racismo dos outros povos com os alemães).
Em diversas conversas, eles comentam que, até alguns anos, tinham receio ou vergonha de usar as cores nacionais. O sentimento de culpa pelo que Adolf Hitler fez no passado, persegue até os dias de hoje como um fantasma. É fantástico conferir como o 18° Torneio Mundial de Futebol está sendo positivo para a auto-estima do povo tedesco. E mais, como os esteriótipos podem ser derrubados por terra: normalmente acusado de "frio" e "distante", os alemães tem surpreendido os turistas por sua espontaneidade.
Eu mesma no estádio, na partida da Argentina contra a Alemanha, assim que a seleção anfitriã marcou o último gol, fui abraçada por uma senhora que estava na minha frente (que aliás, torceu tanto a ponto de recear que ela tivesse um infarte!) e vi outros desconhecidos se cumprimentando e se abraçando pela vitória. É incrível o que um evento esportivo deste porte pode fazer.
Monday, July 03, 2006
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment