Friday, August 15, 2008

Berlim é a terceira cidade de Ignácio de Loyola Brandão








Berlim é a “terceira cidade” de Ignácio de Loyola Brandão

Por Sandra Mezzalira Gomes

Primeiro, Araraquara, no interior de São Paulo. Depois, a própria capital. Em terceiro lugar, Berlim. O escritor Ignácio de Loyola Brandão afirmou em agosto, na Livraria, em Mitte, se sentir muito bem na principal cidade da Alemanha, onde não pisava há alguns anos. “Não sei porque fiquei tanto tempo sem voltar, gosto demais daqui”, comentou após se apresentar “em casa cheia”, afinal, a Livraria registrou lista de espera para os interessados em conferir a leitura de textos com a presença do atual cronista do Estado de São Paulo.

Na platéia, personalidades como o artista plástico Alex Flemming e o embaixador Luiz Felipe de Seixas Corrêa, o qual já conhecia Loyola Brandão e participou ativamente do evento, interagindo em vários momentos com o escritor.

Foi lembrado ainda que Loyola começou a escrever na escola onde se destacava pela redação e pela mania de ler dicionários. Apaixonado por cinema, tornou-se jornalista para poder ir as sessões sem pagar. Acabou escrevendo 31 livros, entre eles “O Verde que violentou o muro”, feito nos quase dois anos em que Brandão viveu na Berlim murada. “O partido Verde era o único que podia quebrar aquela barreira de concreto na época”, observou quando questionado do motivo do título. “Então é um livro político”, questionou uma fã interessada em adquirir a obra. “Não, mas o nome é. O livro é sobre Berlim”.

Brandão comentou ter vários projetos e planos para o futuro mas o principal, no momento, era aproveitar seus dias em solo germânico. “Depois de oito anos voltei a esta cidade, quero correr atrás do tempo perdido, o que eu não vou conseguir”, brincou. Ele, que já não sabe exatamente quantas vezes visitou e morou em Berlim, foi convidado pela DAAD para ficar aqui em 82, o que resultou na obra citada acima. “Este livro teve várias edições, era na verdade o único sobre a Berlim com o muro em português. Quando o muro caiu, senti que não podia continuar com aquela versão. Na primeira reedição acrescentei dois trechos”.

Um seria sobre a queda do muro e o outro, sobre como é viver em Berlim sem a barreira. A única parte deste livro traduzida para o alemão é um resumo de 50 páginas que chama “Oh, ja, ja, ja”. “Todo lugar ouvia esta expressão “oh, ja, ja, ja” e ficou na minha cabeça, aquela coisa sonora. Eu gostaria de editar este livro inteiro em alemão, tem observações bem pertinentes e é um livro muito bem humorado”.

A primeira versão da obra seria um bestseller no Brasil, influenciando inclusive a imagem que os brasileiros faziam da Alemanha. Durante sua apresentação, Loyola lembrou que nunca imaginou morar na Alemanha, não fazia parte dos seus planos. Foi seu livro “Zero”, um sucesso de críticas, que fez os alemães oferecerem, em 79, a bolsa para o escritor desenvolver um projeto em Berlim.


Então ele tentou aprender um pouco de alemão mas confessa ter dificuldades com o idioma até hoje. E se a princípio sua impressão de Berlim foi negativa, como ele relatou, principalmente por não entender nada, depois ele começou a “se virar” e, em três meses, já estava encantado. “Não queria mais ir embora, Berlim passou então a ser minha terceira cidade.”
Com 72 anos, ele assina também sua crônica semanal no jornal “O Estado de São Paulo”


Sunday, August 10, 2008

Christiane F. tem recaída, segundo imprensa alemã

Christiane F., a garota que ficou conhecida no mundo inteiro por causa da sua dependência de heroína nos anos 70, com apenas 13 anos de idade, mora em Berlim e deu entrevistas nos últimos anos dizendo estar recuperada e bem, vivendo com seu filho.

Esta semana, a imprensa noticiou que ela, hoje com 46 anos, tem sido vista em Kottbuser Tor usando drogas e a justiça já teria inclusive pedido a guarda do filho. :0(

http://unterhaltung.de.msn.com/stars/news-artikel.aspx?cp-documentid=9172189




Marcelinho no Flamengo?

O Flamengo teria entrado em contato com Marcelinho Paraíba, ex-atacante do Hertha Berlim e no momento, em Wolfsburg.

O jogador estaria negociando com o clube, fato já considerado inédito porque o jogador até então não consideraria a possibilidade de voltar para o Brasil.

Agora é aguardar....

http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Times/Flamengo/0,,MUL716787-9865,00-MARCELINHO+PARAIBA+DIZ+QUE+NEGOCIACOES+COM+O+FLA+ESTAO+NO+INICIO.html


Wednesday, August 06, 2008

Alex Flemming homenageia Galileo Galilei



O artista plástico Alex Flemming homenageia Galileo Galilei com sua nova exposição "Uniplanetarisches System - In Memoriam Galileo Galilei", de 4 a 26 de agosto na "St. Johannes Evangelist Kirche".





Os 53 globos das mais diversas formas, tamanhos, brilhos e cores, um mais antigos, outros modernos, giram sintonizadamente em igualmente variados aparelhos de "LP", também conhecidos como "toca-discos".








Espalhados no chão, na metade do salão principal da antiga igreja, transmitem um "caos organizado", sistemas virando em torno de um sistema. "Assim somos nós, giramos em torno de nós mesmo mas pertencemos todos ao mesmo sistema", observa Flemming, nascido em SP em 54 mas há anos em Berlim.






Na vernissage do último domingo, amigos, conhecidos, personalidades, imprensa e mesmo curiosos atraídos pelo anúncio da mostra na porta da Igreja, prestigiaram mais uma das diversas exposições que o artista já fez mundo afora desde o início da sua carreira, ainda na década de 70, no Brasil.





Com a curadoria de Tereza de Arruda, a exposição está aberta das 15 às 20 horas e a entrada é gratuita. A St. Johannes Evangelist Kirche fica na Augustrstrasse, 90, 10117, Berlin.




Tereza lembra, no texto de apresentação da mostra distribuído a imprensa, que a instalação seria uma poética e "maluca" metáfora do Sistema Solar.





O inventor do telescópio entre outras contribuições à humanidade foi contra a igreja católica e a matemática e teve a pergunta feita pelo tribunal da época: "Quem se movimenta é o sol ou a terra?".

De certa forma, Flemming sugere com seu trabalho uma nova resposta a proposta de universo de Galileo.

Olimpíadas, o maior espetáculo da Terra. Texto de Faustino Vicente

O texto abaixo foi enviado para o meu email da Brazine. Como a revista não está mais sendo produzida, aproveito o interessante conteúdo escrito pelo consultor de empresas e órgãos públicos Faustino Vicente. Ele está na terra da uva e do morango, Jundiaí, mas o tema aqui é o evento na China! Boa leitura!

OLIMPÍADAS. O MAIOR ESPETÁCULO DA TERRA

Por Faustino Vicente

A China ganha manchetes nos meios de comunicação do mundo todo, não por ser o país mais populoso do planeta ou pelo seu espetacular desenvolvimento econômico dos últimos anos, mas por ser a sede da 29ª edição das olimpíadas de 2008. Os jogos olímpicos nasceram no berço da filosofia e da democracia do ocidente – a Grécia - no ano 776 a.C. na cidade de Olímpia. Foi interrompida no ano 393 d.C., por decreto do imperador romano Teodósio, e reativada pelo Barão Pierre de Coubertin em 1896,em Atenas,transformando-se no maior espetáculo da planeta azul.

Além das provas esportivas, haverá um desfile de valores e cores,usos e costumes,etnias e classes sociais, ritmos e idiomas,religiões, profissões e tradições. O marketing, as estratégias e as táticas serão bandeiras organizacionais. As olimpíadas representam a mais bela manifestação cultural da espécie humana. Os avanços da medicina esportiva, as descobertas científicas e as inovações tecnológicas produzirão efeitos especiais em mais um lance da arquitetura da Paz entre os povos.

Como exemplo, citamos a evolução dos meios de comunicação através dos jogos olímpicos da era moderna: Atenas (1896), telégrafo; Paris (1924), rádio; Berlim (1936),cinema; Helsinque (1952), placares eletrônicos; Roma (1960), televisão e telex; Tóquio (1964), cronômetros eletrônicos e células fotoelétricas; Munique (1972), transmissão de TV via satélite e em cores; Seul (1988), fax; Atlanta (1996), telefone celular e em Sydney (2000), Internet.

Nenhuma manifestação social, econômica, cultural,política ou religiosa consegue globalizar todos os segmentos da sociedade internacional como esse evento singular. Entre as dezenas de modalidades encontramos no vôlei a expressão maior do espírito de equipe,o que nos leva a refletir sobre a necessidade de abandonarmos a gestão solitária e vivenciarmos a gestão solidária. Se concordarmos que “os movimentos realizados em conjunto pelos jogadores são chamados de tática”, concluiremos que é o vôlei que evidencia esse princípio de gestão com maior intensidade.A maioria dos pontos é resultado da logística dos três toques.

Das provas de atletismo – o “DNA” das olimpíadas – em que os atletas participam tendo ao lado os seus adversários, destacamos a corrida de revezamento (4x100) com bastão. Desta modalidade tiramos a lição de que as maiores perdas nas empresas residem na “passagem de bastão” entre os vários departamentos,principalmente, por falhas de comunicação – “o calcanhar de Aquiles” – da gestão.Uma das mais fascinantes provas é a corrida dos 100 metros rasos,que faz o mundo conhecer o filho do vento – o homem mais veloz da terra.

Ele treina durante quatro anos,para vencer uma prova em menos de dez segundos. Esta é maior evidência de que o aperfeiçoamento continuado agrega valor. Revelamos a resposta que um atleta deu ao repórter, quando perguntado sobre quem será o seu maior adversário em Pequim. Ela veio como uma flecha certeira: “Eu mesmo. Tenho que superar a mim mesmo. Sou o meu único adversário”. Assim, cada um de nós deve encarar a vida. A nossa limitação encontra-se em nossa mente.Para conseguir a superação alguns entendem que a palavra chave é determinação, outros pensamento positivo e,para muitos, o segredo está na fé.

Todos os esportistas que estarão na China são tecnicamente exemplares, mas somente os excepcionais gravarão, com letras douradas, seus nomes na história,provavelmente,por um detalhe – o equilíbrio emocional.Na “olimpíada da vida” uma carreira bem sucedida pode estar numa pequena diferença, por exemplo, “na beleza de ser um eterno aprendiz”. Como homenagem à Grécia de todos os tempos encerramos com a “frase imortal” do célebre filósofo Aristóteles (384-322) a.C: - “Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar.A busca da excelência não deve ser um objetivo e,sim, um hábito.”


* Faustino Vicente -

Consultor de Empresas e de Órgãos Públicos
E-mail: faustino.vicente@uol.com.br – tel.(11) 4586.7426
Jundiaí (Terra da Uva) – São Paulo - Brasil