Monday, February 19, 2007

Cenas de Berlim e brasileira Anastácia Azevedo no Junction Bar






Caminhar pela capital alemã é quase sempre um imenso prazer. Um dos meus lugares favoritos é a Gendarmenmarkt, considerada uma das praças mais lindas da Europa.

Também, com três prédios maravilhosos como estes....







Além de linda, Berlim pode ser pequena!

Encontrei com a Nilda no metrô e acabei indo, por uma hora, no Junction Bar conferir o show da brasileira Anastácia Azevedo e sua banda.

Foi muito bom, pena que eu não podia ficar mais.

Carnaval em Berlim - festa no BR 101

































































































Claro que os brasileiros não perdem a chance de fazer uma festa! Aliás, valeu Victor e o pessoal do BR 101 pela organização!

E o mais legal foi conferir todo mundo fantasiado, jogando confete e sambando ao som de velhas marchinhas.

Bom demais, deu para matar um pouco saudades do Brasil. Curtam as fotos!



Thursday, February 15, 2007

Cao Hamburger e outros talentos na Embaixada Brasileira


Foi muito bom ter a oportunidade de checar novos talentos brasileiros do cinema brasileiro e ainda, ouvir Cao Hamburger e outros profissionais contarem sobre sua trajetória.

Com o Cao, tive ainda a oportunidade de "trocar uma idéia", fazendo uma entrevista na saída da coletiva.

O resultado assim como as fotos vocês conferem aqui em breve. :0)

Saturday, February 10, 2007

Quatro filmes brasileiros na Berlinale, um concorre ao "Urso" na principal categoria

Quatro filmes brasileiros integram a programação da 57° Berlinale, que teve início este dia 8 e segue até 18 de fevereiro exibindo 373 filmes de diversos países.

Entre os maiores da Europa (e o maior em público do mundo, ano passado teve 186 mil ingressos vendidos e quase quatro mil jornalistas credenciados), terá a participação de quatro filmes (dois longas) brasileiros, um deles concorrendo ao Urso de Ouro ou Prata, a co-produção com a Argentina, O ano em que meus pais saíram de férias, de Cao Hamburger.

Antônia, de Tata Amaral, abre o "Generation 14plus".

Participam ainda da mostra A Casa de Alice, de Chico Teixeira (Panorama) e Deserto Feliz, de Paulo Caldas (Panorama Especial).

Entendendo o Festival

Criado ainda na década de 50, a Berlinale mostra filmes de vários formatos, gêneros, tamanhos e produções.

Dividido em seis "categorias", há a grande competição entre 26 filmes pelo "Urso de Ouro" no chamado Wettbewerb, ou seja, os filmes do grande cinema internacional.

A Geração (Generation) visa o público jovem assim como o Fórum Internacional do Filme Jovem e Perspectivas do Cinema Alemão (das Internationale Forum des Jungen Films und die Perspektive Deutsches Kino).

Já a sessão Panorama (das Panorama), na qual estão dois brasileiros, atende ao cinema independente.

Homenagens e retrospectiva (Hommage/die Retrospektive) do cinema também fazem parte do programa.

Além das festas e do tapete vermelho, claro.

O Brasil conquistou alguns prêmios na história do Festival como o Urso de Prata para Toda Nudez Será Castigada, de Arnaldo Jabor, o primeiro em 1973; do Urso de Prata (1990) para o curta Ilha das Flores, de Jorge Furtado; Fernanda Montenegro levou o Urso de Prata em 98 para melhor atriz e, finalmente, um Urso de Ouro para Central do Brasil, de Walter Salles Jr.

No "Talent Campus", no ano passado, a brasileira Ana Azevedo ganhou o prêmio em dinheiro pelo curta que fez com o jogador Marcelinho Paraiba.

Os Urso de Ouro e de Prata são dado para os melhores filmes e para os melhores curtas. O "Urso de Vidro" pertence ao item Geração assim como o Festival premia ainda, desde o ano passado, com 50 mil euros em dinheiro, os melhores do Panorama, Forum e Geração Plus, assim como as melhores estréias para aqueles que "debutam" seu trabalho na Berlinale.

Também recebem Ursos de Ouros profissionais da área que são homenageados no festival.

O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias

Nevou muito mas valeu sair de casa para conferir, ao lado do meu amigo Ricardo, a estréia do filme "O ano em que meus pais saíram de casa" na 57 Berlinale.

Sentamos, inclusive, no lugar de uma das atrizes que, gentilmente, nos expulsou :o)

Pena que minha câmera não funcionou como eu queria...

Texto e mais fotos sobre o dia de hoje, conferindo "A Casa de Alice", virão posteriormente.

O mais legal foi entregar a Brazine tanto para a atriz que nos expulsou (faz a moça da lanchonete, Irene, se não me engano), quanto para os diretores, Cao Hamburguer e Chico Teixeira.

E todos serem super simpáticos no rápido diálogo!




























Tuesday, February 06, 2007

Mineiro já é ídolo do Hertha














































































































A manhã gelada desta terça-feira não desanimou os cerca de 100 torcedores do Hertha BSC que conferiram o treino no campo do clube, próximo ao Estádio Olímpico.

E detalhe, a maioria em pé já que os poucos bancos disponíveis para a torcida foram rapidamente ocupados às 10 da manhã, quando a entrada do público foi liberada.

Mineiro se destacava não apenas pela ginga mas ainda por sua estatura, afinal, ele mede 1,70, pouco para o padrão germânico.

Mas o gaúcho de 31 anos já mostrou que tamanho não é documento e chegou marcando presença na "terra dos gigantes", marcando o gol da vitória do Hertha contra o Hamburgo (2x1) no último sábado, levando a torcida ao delírio e transformando-o rapidamente num dos favoritos do clube.

Se os "flashes" não paravam durante a uma hora e meia de treino, os fãs demonstraram, principalmente na saída, que Mineiro já "está no coração": ele foi cercado pelos torcedores e distribuiu vários autógrafos em bolas, papéis, album do Hertha, camisetas, pousando também para várias fotos.

Reservado, sem muitos sorrisos mas simpático com seu jeito tímido, Mineiro foi abordado neste momento pela reportagem que conseguiu alguns minutos exclusivos com o craque do São Paulo que chegou numa gelada Berlim já "aquecendo" a galera.

B: É verdade que seu apelido foi dado por que você era muito tranquilo para ser um legítimo Gaúcho?

Mineiro: Não! Meu irmão do meio, que chama André, jogava nas bases do Internacional. E tinha um jogador profissional no Inter, Claudio Mineiro, que era muito parecido com meu irmão.
Na brincadeira o pessoal começou a chamar meu irmão de Mineiro, por ser parecido com o rapaz. Mais para frente, quando meu irmão parou de jogar e eu tava começando o pessoal passou a me chamar Mineirinho. Daí ele parou de jogar e eu "assumi" o apelido.

B: Você chegou já marcando um gol no primeiro jogo pelo Hertha. É ótimo estrear bem, mas acha que a pressão agora será maior?

Mineiro: Não posso prometer fazer gol toda vez mas prometo que vou me empenhar o máximo possível.

B: E o frio? Já viu neve? Tá jogando com quantas blusas?

Mineiro: Agora estou com três. Sim, já vi. Não acho que vai ser tão difícil adaptar.

B.E sua família. Você tem três filhos né? Eles estão felizes com a mudança?

Mineiro: Sim, nós achamos que é uma experiência importante tanto para minha carreira como para nossa vida pessoal. E além disso, um ano e meio passa rápido

B.Seu contrato com o Hertha é de um ano e meio. O São Paulo já disse que te espera de portas abertas. Já planeja o futuro?

Mineiro: Sei que não vou querer jogar por muitos mais anos mas estou pensando no agora.

B.Sente falta do São Paulo, dos seus colegas?

Mineiro: Claro que sinto, fiz ótimas amizades, vivi excelentes momentos da carreira lá. Mas tenho de olhar pra frente

B.E como vc tem sido recebido?

Mineiro: Melhor do que eu esperava. Eles se esforçam pra me entender. As impressoes estao sendo boa no tempo que estou aqui, não estou tendo dificuldade nenhuma a não ser com a língua


B.Na hora do gol também, todo mundo te abraçou.
Sentiu diferença na comemoração e na torcida?

Mineiro: Dentro de campo não tem muita diferença com os companheiros, a torcida também faz o seu papel.

B.Você recebeu o passe do Gilberto (que resultou no gol). Temos ai uma "dupla imbatível"?

Mineiro: Nós fizemos várias vezes estas jogadas no São Caetano, mas não quero pensar em nós dois em destaque, o que importa é o time.

B.Falando em time, o próximo sábado é contra o Schalke, o líder da tabela. Você está procurando entender o campeonato alemão (a Bundesliga) e conhecer melhor os times?

Mineiro: Sim, estou tentando entender melhor. Mas não acho que teremos problemas.

B.E suas coisas pessoais? Já ajeitou sua vida:carro, telefone, casa?

Mineiro: Ainda não, foi tudo muito corrido. Vou logo para o Brasil nos próximos dias buscar minha família

B.E como você está se virando com a língua? O Alcir (tradutor do Hertha) está te ajudando?

Mineiro: Ajuda mas hoje ele não estava aí. Dá pra entender algumas coisas. Este tempo que ficarei aqui vou procurar captar o máximo de informações possíveis a respeito da língua alemã.
Pretendo devagar aprender o alemão.

B.Esta é a Brazine, uma revista que fazemos para a comunidade brasileira aqui na Alemanha, Áustria e Suíça. Você imaginava que a comunidade brasileira aqui seria tão grande?

Mineiro. Não, é legal saber que vou poder falar minha língua, com meu povo

B.E a Seleção, acha que estar na Europa vai dar mais visibilidade?

Mineiro. Apesar que o São Paulo também é uma grande vitrine. Mas claro que a seleção é um dos objetivos (ele atuou três vezes pelo Brasil)

B.E por que ficou todo aquele "mistério" antes da sua contratação?

Mineiro: Não foi mistério, o São Paulo me deu um tempo pra pensar e decidir. Eu não quis perder esta oportunidade. É difícil um jogador com mais de 30 anos vir jogar num clube de ponta da Europa. Achei que era mais fácil aproveitar esta chance e deixar as portas abertas lá do que continuar no Brasil e talvez nunca mais ter outra oportunidade de ter esta experiência.

B.E o racismo, você tem receio de ser vítima do preconceito?

Mineiro: Eu não crio conceitos de situações que não vivi. Até agora tenho sido muito bem tratado.

B.Você é um "atleta de Cristo"?

Mineiro: Sou cristão.

B.Mas é de Deus e da sua família que você tira sua força, quero dizer, são suas "fontes de energia"?

Mineiro: Com certeza.

Do site oficial do Hertha:

Carlos Luciano Da Silva nasceu em 02 de agosto de 75 em Porto Alegre e jogou entre outros times no Ponte Preta, Guarani, Rio Branco e São Caetano.

Atuou três vezes pela seleção mas nunca marcou um gol.

Veste em campo a camisa número 15 e é casado com Daiane Pessoa Martins Da Silva