Monday, July 09, 2007

Um ano após o apito final da Copa do Mundo


O domingo desta mesma data no ano passado foi um dia inesquecível para milhões de pessoas, especialmente para quem se encontrava na capital da Alemanha, o palco da final da Copa do Mundo de 2006, onde ocorreu o jogo entre a França e a Itália, que acabou com a expulsão do francês Zidane e a vitória italiana.

A segunda-feira, um ano depois, mostra que os resquícios provavelmente ficarão para sempre.

Coincidentemente pensava em como vivenciei aquela data e neste texto, enquanto caminhava próximo a estação Zoologischer Garten, uma das mais famosas e centrais de Berlim, quando o ônibus da seleção francesa dobrou a esquina!

Sim, ele mesmo, com o símbolo da Fifa e do campeonato, a bandeira azul, branca e vermelha mas, desta vez, quase vazio, apenas com o motorista e uma passageira.

„Uau“, disse na hora praticamente hipnotizada pela cena que não esperava naquele momento, „365 dias atrás, a esta hora, ele levava a seleção do Zidane para o Estádio Olímpico. Agora passeia irreverente pelas ruas da capital, como se quisesse nos lembrar daquele mês maravilhoso em que a Alemanha viveu sua „lenda de verão“...

E ainda lembrei que, cerca de um mês atrás, no Kottbuser Tor, dei de cara com o veículo oficial da seleção de Trinidad e Tobago. Mas não são apenas os ônibus que nos lembram do evento que atraiu a atenção do mundo. Vários trens da BVG, a empresa responsável pelo transporte, ainda estampam nos seus vidros as bolas de futebol que serviram como decoração na época.

Os mais atentos observam outros diversos vestígios: bandeiras penduradas em carros e janelas, latas de lixo com o „Toorr!“ (Gol) pintado, propagandas e placares sobre futebol, decoração de casas e estabelecimentos...

Teria de pesquisar para saber os dados econômicos e turísticos sobre a „repercussão“ da Copa do Mundo e poder fazer uma análise científica. Esta não é a intenção.

Posso apenas afirmar, por experiência e observação, que o comportamento mudou sim: as crianças jogam futebol na rua, de preferência com bolas iguais a feita para 2006, o assunto parece um dos temas prediletos nos bares e restaurantes, as pessoas desfilam com bonés, camisetas, chaveiros, canetas, guarda-chuva, bolsas, casacos, enfim, os mais variados produtos do evento e de suas seleções; existe uma certa cumplicidade com o turista e com o próximo, e sente-se no ar, acima de tudo, um imenso orgulho de ter feito desta terra durante um mês um paraíso para todos aqueles que puderam conferir o mundo entre amigos na Alemanha.

Esta proporciou um maravilhoso espetáculo que deixou saudades.

PS. Apesar de todos os problemas que o Pan está enfrentando no Rio, desejo boa sorte para os organizadores e atletas. Na sexta-feira é a abertura do evento. Mais informações em sites da imprensa brasileira como O Dia, O Globo, O Estado de São Paulo e afins.

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