Saturday, June 24, 2006

Brasil e Japão - segundo tempo e o gol de Gilberto

Carlinhos mesmo, à esquerda, brincou: este homem, sou eu amanhã...

foi super animado, quatro ambientes, coxinha deliciosa, atendimento bom e ainda, um gol do Gilberto. Valeu demais!












































Enquanto muitos brasileiros confundem o Gilberto Silva, que atualmente joga na Inglaterra, com o Gilberto da Silva Melo, craque do Hertha BSC, da capital alemã, ou mesmo desconhecem os jogadores que estão na reserva da seleção, quando Gilberto marcou o terceiro gol da partida Brasil e Japão, trouxe alegria para muitos dos seus fãs que acompanham o seu trabalho por aqui. Eu, particularmente, chorei de emoção!
Conheci Gilberto no fim de 2004, quando nos encontramos em um restaurante brasileiro aqui em Kreuzberg. Desde então, fiz algumas entrevistas exclusivas e tive oportunidade de conhecer recentemente também seu irmão caçula Rodrigo e seu amigo Roberto, na última vez que nos encontramos antes da Copa, no início de maio. No dia 15 do mesmo mês, quando ele foi convocado, nos falamos duas vezes, uma antes e uma depois do anúncio da lista do Parreira, e sei muito bem o quanto Gilberto estava ansioso e sonhava em estar participando deste Mundial, mesmo como reserva. Sabia também que seus planos dependiam do torneio, iria para o Rio caso não estivesse com a seleção aproveitar suas férias.
Lembro que naquela segunda-feira da convocação fiquei até com dor de barriga de nervoso. Foi a última vez que nos falamos até ontem, sexta-feira à tarde, um dia após a sua primeira atuação em campo marcada ainda pelo belo gol.
Ao saber que eles estavam de folga, arrisquei novamente ligar e, ao contrário de todas as outras vezes que tocou, tocou e ninguém atendia, finalmente consegui sentir a alegria dele pelo bom desempenho também do time. Fiquei tão ansiosa quando ele atendeu, afinal está super difícil o acesso aos jogadores, emocionada pela satisfação dele e também com receio de atrapalhar (afinal, eu que não quero ser acusada de tirar a concentração de nenhum jogador!), que nosso diálogo durou cerca de cinco minutos e até esqueci de fazer uma entrevista mesmo, perguntando tudo que tenho curiosidade. Vai ter de ser na próxima folga ou após a Copa...
Claro que falamos também de futebol, parabenizei pelo gol e ele confessou ter ficado super feliz. Conversamos ainda outros assuntos (contei a festa que estamos fazendo aqui em Berlim, por exemplo) e, quando perguntei se ele achava que entraria agora mais frequentemente em campo, respondeu, profissional como sempre: „nem estou preocupado com isso, e sim, com que a seleção faça uma boa campanha". Ou seja, se ele for entrar para melhorar o time, claro que jogará com prazer mas ele sabe que o técnico quem tem de decidir e está super satisfeito se o Brasil ganhar, ele no banco ou em campo.
E talvez por isso mesmo Parreira tenha escolhido Gilberto: super bacana e excelente para jogar em equipe, ele harmoniza e equilibra o ambiente e equilibra. Mostra que nada se consegue no individualismo mas sim, no coleguismo. Como pessoa e jogador, Gilberto demonstra respeito e carinho pelos outros. Desculpem ser tão fã a essa altura do campeonato, mas fica difícil não elogiar ainda mais quando alguém tão querido merece e faz diferença no placar!
O fato de poder, durante nossa conversa, ouvir ainda alguém chamando o Adriano no fundo, de pensar na emoção deles de serem grandes estrelas desta Copa, saber que Gilberto está tão feliz, realizado participando do Mundial, me faz desejar mais ainda o hexacampeonato e adoraria se ele estivesse jogando quando o Brasil conquistar o título, afinal, aqui ele está "em casa".

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